segunda-feira, 16 de junho de 2014

Relato da Reunião em 16/06



Nesta segunda-feira (16/06) foi possível finalizar o capítulo 01 de Psicologia Pedagógica escrito por L.S. Vigotski. No final do capítulo 01, mais uma vez Vigotski destaca a crise estrutural por que passava a ciência psicológica da época, mostrando que uma psicologia pautada apenas em abstrações e ficções, e ainda separando a psique humana de forma isolada do comportamento, não era capaz de  originar uma psicologia pedagógica, já que se era completamente divorciada da vida real.

"A psicologia anterior, que considerava a psique de forma isolada do comportamento, não podia encontrar o terreno verdadeiro para uma ciência aplicada. Ao contrário, ao se dedicar a ficções e abstrações, ela sempre se divorciava da vida real e, por isso, era impotente para se tornar a fonte que daria origem a uma psicologia pedagógica" (Vigotski, p. 43)

Vigotski cita magistralmente em sua obra a 11º Tese de Marx  sobre Feuerbach:

"Os filósofos apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; agora é preciso transformá-lo." (Marx apud Vigotski, 2003, p.43)

Nesta passagem Marx realiza a crítica à tradição do pensamento pautado numa visão idealista e separada da realidade. Marx propõe a passagem do idealismo para o materialismo, da mera interpretação para a transformação. Vigotski, frente à grande crise da psicologia, também propõe a superação do idealismo contemplativo para uma ciência de características biossociais e pautada no materialismo.

"Toda a ciência surge das demandas práticas e, em última instância, também se orienta para a prática." (Vigotski, 2003, p. 43)

PRÓXIMO ENCONTRO: 14/07 SEGUNDA-FEIRA - SALA 12 - UEG UnU ESEFFEGO


quinta-feira, 12 de junho de 2014

MOÇÃO DE APOIO - GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA




Moção de apoio à greve geral dos trabalhadores da Rede Municipal de Educação de Goiânia

O Coletivo de professores do curso de Educação Física da UnU-Goiânia ESEFFEGO, pertencente à Universidade Estadual de Goiás, após decisão tomada em reunião de colegiado, vem a público  manifestar o total apoio à greve geral dos trabalhadores em educação da rede municipal de Goiânia iniciada no dia 26 de maio do presente ano. Manifestamos também nossa integral concordância com a pauta de reivindicações da greve, em especial para cumprimento da lei do piso salarial profissional nacional do magistério e ainda a implementação dos acordos firmados com o prefeito de Goiânia, o Sr. Paulo Garcia, durante a última greve em 2013. Concordamos também com  a revogação imediata do decreto 1248 de 15 de maio de 2014, que suspende direitos adquiridos pelos trabalhadores da prefeitura, como a licença prêmio e as progressões verticais e horizontais, pertencentes ao plano de carreira docente.
Nos solidarizamos também com os servidores administrativos e com os auxiliares de atividades educativas, que lutam pela reformulação do plano de carreira, por aumento salarial, auxílio locomoção e pela realização de novos concursos públicos na Secretaria Municipal de Educação.
Reconhecemos ainda que o direito de greve é uma conquista da classe trabalhadora, garantido pela constituição brasileira, inclusive para funcionários públicos, e sendo assim, repudiamos a forma com que os trabalhadores em greve da Secretaria Municipal de Educação vem sendo tratados pelo poder municipal, com retaliações e contínuas ameaças de corte de ponto e perda de “dobras” para os que continuam em greve.
Exaltamos o movimento de trabalhadores da educação pela realização de uma  greve sem a mediação de partidos ou sindicatos, demonstrando mais uma vez, a possibilidade real da luta autônoma, independente e auto-organizada, contra a exploração e a precarização do trabalho nas escolas.
Todo apoio à greve dos trabalhadores da educação do município de Goiânia, pois a transformação da sociedade e da educação passa necessariamente pelo conflito de classes, e somente através da luta e do enfrentamento, se conquistará a valorização e a emancipação dos trabalhadores.
Goiânia, 09 de junho de 2014.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Relato da reunião do dia 02/06


Nesta segunda (02/06) foi primeiramente discutido a apresentação do trabalho, as inscrições e a ida do grupo para o 2º Congresso Internacional sobre a Teoria Histórico-Cultural na UNESP em Marília-SP. Em seguida terminamos a discussão do subitem "Psicologia" pertencente ao capítulo 01 do livro de Vigotski. Continuamos o debate sobre a crise da psicologia no início do século XX relatada pelo autor. Refletimos sobre a resposta de Vigotski ao propor uma nova psicologia alicerçada sobre os fundamentos do marxismo.
A crise que engessava psicologia dentro do biologicismo do comportamentalismo da época, é duramente criticada e colocada em xeque por Vigotski nesta parte do capítulo 01.

 "[...] Entretanto, o comportamento do ser humano se desenvolve no complexo contexto do ambiente social." (VIGOTSKI, p.39, 2003).

Vigotski joga nova luz sobre os conceitos da velha psicologia, numa tentativa de explicar e compreender os fatos e leis anteriores sobre um novo olhar, com uma nova linguagem e ainda pautado em novos critérios, numa incansável tentativa de superar a "grave crise de seus próprios fundamentos".
Ainda, durante a reunião,  discutimos as característica do novo método que Vigotski utiliza para estudar e construir a nova psicologia, ou seja, a nova psicologia pautada no materialismo histórico e dialético. As quatro características citadas por Vigotski e que são os "traços distintivos da nova psicologia" são: o Materialismo, a Objetividade, a Dialética e a base Biossocial.


PRÓXIMO ENCONTRO: 09/06 - segunda-feira próxima (sala12 - 18h30 - UnU Goiânia ESEFFEGO)