Moção
de apoio à greve geral dos trabalhadores da Rede Municipal de Educação de
Goiânia
O Coletivo de professores do
curso de Educação Física da UnU-Goiânia ESEFFEGO, pertencente à Universidade
Estadual de Goiás, após decisão tomada em reunião de colegiado, vem a
público manifestar o total apoio à greve
geral dos trabalhadores em educação da rede municipal de Goiânia iniciada no
dia 26 de maio do presente ano. Manifestamos também nossa integral concordância
com a pauta de reivindicações da greve, em especial para cumprimento da lei do
piso salarial profissional nacional do magistério e ainda a implementação dos
acordos firmados com o prefeito de Goiânia, o Sr. Paulo Garcia, durante a última
greve em 2013. Concordamos também com a
revogação imediata do decreto 1248 de 15 de maio de 2014, que suspende direitos
adquiridos pelos trabalhadores da prefeitura, como a licença prêmio e as
progressões verticais e horizontais, pertencentes ao plano de carreira docente.
Nos solidarizamos também com
os servidores administrativos e com os auxiliares de atividades educativas, que
lutam pela reformulação do plano de carreira, por aumento salarial, auxílio
locomoção e pela realização de novos concursos públicos na Secretaria Municipal
de Educação.
Reconhecemos ainda que o
direito de greve é uma conquista da classe trabalhadora, garantido pela
constituição brasileira, inclusive para funcionários públicos, e sendo assim,
repudiamos a forma com que os trabalhadores em greve da Secretaria Municipal de
Educação vem sendo tratados pelo poder municipal, com retaliações e contínuas ameaças
de corte de ponto e perda de “dobras” para os que continuam em greve.
Exaltamos o movimento de
trabalhadores da educação pela realização de uma greve sem a mediação de partidos ou
sindicatos, demonstrando mais uma vez, a possibilidade real da luta autônoma,
independente e auto-organizada, contra a exploração e a precarização do
trabalho nas escolas.
Todo apoio à greve dos
trabalhadores da educação do município de Goiânia, pois a transformação da
sociedade e da educação passa necessariamente pelo conflito de classes, e
somente através da luta e do enfrentamento, se conquistará a valorização e a
emancipação dos trabalhadores.
Goiânia, 09 de junho de
2014.
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