Moção
de Apoio da UEG UnU ESEFFEGO à Greve das Universidades Estaduais Paulistas
A Unidade Universitária
Goiânia ESEFFEGO, pertencente à Universidade Estadual de Goiás vem publicamente
expressar através deste documento, o total apoio à greve das universidades
estaduais paulista (UNESP, USP e UNICAMP) e também total repúdio ao Governo do
Estado de São Paulo pela promoção acelerada da precarização, sucateamento e
abandono das universidades públicas no estado.
O atual estágio de
sucateamento das universidades públicas e também da intensificação da
precarização do trabalho no ensino superior é um problema recorrente não
somente em Goiás ou São Paulo, mas em todo o país, onde cada vez mais os
reflexos das investidas das políticas neoliberais na educação são evidenciadas
em nosso cotidiano através do desmanche das políticas de assistência estudantil,
pelo aumento da precarização do trabalho docente, pela diminuição dos
investimentos em infra-estrutura e também através das políticas privatistas. A
clara intenção destas políticas neoliberais promovidas tanto pelo governo
federal, quanto pelos governos estaduais é tão somente a mercantilização da
educação e a implementação da lógica de mercado dentro das universidades
públicas, visando transformar a educação em negócio e os estudantes em meros
clientes.
Durante o ano de 2013 a
Universidade Estadual de Goiás realizou a maior greve de sua história, com
duração de 89 dias, onde estudantes, professores e funcionários lutaram juntos
através de uma pauta unificada, obtendo grande êxito ao final, com vários itens
da pauta sendo atendidas. Ressaltamos também que não por mera coincidência, durante
aquele ano de 2013 realizamos uma intensa experiência política de colaboração,
união e de solidariedade com os estudantes das UNESP’s, que também se
encontravam em greve naquele mesmo ano,
onde realizamos manifestações em conjunto, promovendo uma greve que ultrapassou
os limites das fronteiras dos dois estados.
Hoje, mais uma vez, nos solidarizamos
com a greve geral de pauta unificada entre professores, estudantes e
funcionários das universidades estaduais paulistas, que lutam contra as
políticas públicas neoliberais do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), pelo
reajuste salarial para docentes e funcionários técnicos administrativos, por
maiores investimentos financeiros nas políticas de assistência estudantil,
contra o sucateamento das universidades públicas, pelo aumento do percentual de
investimentos a ser repassado pelo governo de São Paulo às universidades
públicas paulistas e contra o projeto de privatização do ensino superior neste
estado.
Apoiamos ainda a ocupação de
prédios, salas e das moradias por estudantes em greve e condenamos publicamente
a expulsão, por parte da direção, de alunos que residem nas moradias estudantis
das UNESP’s.
Repudiamos as ameaças do
governo ao direito de greve e à realização de piquetes nas universidades
paulistas, pois a greve é um direito
fundamental, garantido a todos os trabalhadores pela Constituição Federal.
Repudiamos também o corte de ponto dos trabalhadores em greve, a criminalização
dos estudantes, que atualmente estão sofrendo processos de sindicância e processos
judiciários por participarem dos movimentos de greve, e por último repudiamos
também os cortes nas verbas das políticas de permanência estudantil nas
universidades estaduais paulistas.
Nossa luta é por uma universidade
pública, gratuita e de qualidade em todo o Brasil, onde a classe trabalhadora
tenha plenas condições de acessoe também de permanência no ensino superior, no
intuito de fazer da educação um instrumento de emancipação dos trabalhadores e
uma arma que auxilie na libertação da violência e
opressão da atual sociedade de classes.
Goiânia, agosto de 2014.
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